
Um blog onde fazemos comentários sobre músicas/discos que ouvimos. Sempre que possível também mostramos onde comprá-los, ou onde ouví-los na Internet.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Zeca Baleiro & Hilda Hilst: Ode Descontínua e Remota Para Flauta e Oboé - de Ariana para Dionísio

quarta-feira, 17 de junho de 2009
Joshua Redman: Compass
UM SINGULAR DISCO NO PLURAL
Tenho que admitir. Não estou escutando música como realmente gosto. Depois das 11, quase meia noite, quando o silêncio se inicia, até a madrugada, sozinho, com pouca luz. Imperdoável! Ouvir música é um ato de recolhimento, um reencontro com a parte da vida que é superior a isso que chamamos de real, uma aproximação de nossos deuses, se é que eles existem e estão em algum lugar. Não importa. Basta deixarmos que a música nos leve para alguns andares acima dos desejos humanos, carnais e efêmeros. Ouvindo música, ritualisticamente, acredito que
alguma coisa existe além do nosso entorno palpável. Mas tenho o defeito de querer ouvir música na solidão. Entre amigos, ao lado da pessoa amada, dentro do carro, caminhando, batendo papo, também é bom, mas a música torna-se acessória. O ideal mesmo é ouvir música ao vivo, num teatro, no ato de sua feitura, sem precisar estocar. Como nem sempre isso é possível, parto para música em conserva. Para compensar, imagino que sou a platéia, única e soberana. Meu equipamento é um palco imaginário. Tem vantagens. Sinto-me parte da música, ouço o que quero e como quero, com mais ninguém no meu teatro. Transgrido sem medo.
Já passaram algumas semanas depois que Ronaldo convidou-me para escrever em seu (agora nosso) blog. Tenho procurado tempo, para a escrita e a volta verdadeira ao meu ritual semanal de audição musical. Mantenho meu programa na Rádio Universitária de Fortaleza, nem sei como. Apenas faço, toda segunda-feira. Mostro um concerto de jazz gravado ao vivo, em algum lugar do planeta. Agora, com esse texto e o disco sobre o qual vou escrever, retorno ao meu antigo day-off, uma passagem por fora do mundo cotidiano, onde dispo-me dos problemas que não tenho, escondo-me de quem não me procura, saio do ar estando em terra. Um momento único que me permite o luxo de não fazer nada, não pensar em nada, apenas ouvir música, isolado nesse meu teatro particular e imaginário, nos alpes da cidade de Fortaleza. Uma pura cachaça é bem-vinda nesse meu lugar.
Já passaram algumas semanas depois que Ronaldo convidou-me para escrever em seu (agora nosso) blog. Tenho procurado tempo, para a escrita e a volta verdadeira ao meu ritual semanal de audição musical. Mantenho meu programa na Rádio Universitária de Fortaleza, nem sei como. Apenas faço, toda segunda-feira. Mostro um concerto de jazz gravado ao vivo, em algum lugar do planeta. Agora, com esse texto e o disco sobre o qual vou escrever, retorno ao meu antigo day-off, uma passagem por fora do mundo cotidiano, onde dispo-me dos problemas que não tenho, escondo-me de quem não me procura, saio do ar estando em terra. Um momento único que me permite o luxo de não fazer nada, não pensar em nada, apenas ouvir música, isolado nesse meu teatro particular e imaginário, nos alpes da cidade de Fortaleza. Uma pura cachaça é bem-vinda nesse meu lugar.
Foi lá que ouvi o irretocável disco do saxofonista Joshua Redman, um americano de 40 anos, que sempre admirei, apesar de alguns passos equivocados de sua discografia. Redman é um daqueles músicos que emergiram no jazz nos anos 90 e logo foram intitulados com o horroroso apelido de young lions. Que mania besta essa das imprensas especializadas. Rotulam tudo e todos, principalmente quanto militam no mundo das artes. Arte não carece de nome e sim de emoção.
Na década de 90, ouvia muito um disco de Joshua Redman, gravado no início de sua carreira, com a participação do guitarrista pop star Pat Metheny. Era o álbum “Wish” (1993), seu segundo trabalho. Lembro-me que ouvia esse disco com minha cúmplice, hoje minha namorada e mãe de meu filho, que nem gosta muito de jazz. Lá, no século passado, ainda gravando canções mais populares e tentando catapultar sua carreira, Redman saiu-se muito bem nos temas simples, incluindo Eric Clapton e Steve Wonder. Era um sax melódico e tonal, quase um smooth jazz, sem ser enfadonho ou meloso. Outro disco de Redman que muito me marcou foi “Spirit of the Moment: Live at the Village Vanguard” (1995), um álbum duplo gravado ao vivo. Ali, Redman me conquistou definitivamente. Gosto de jazz feito ao vivo, mesmo enlatado, principalmente quando sobram os ruídos do ambiente, as impurezas de gravação, as vozes ao fundo. Detalhes sujos que tornam o jazz uma música cheia de purezas, muito mais jazz.
Depois de 14 anos, ouço outro Redman, em seu 14º álbum, “Compass” (2009), um trabalho autoral, ousado, maduro, onde se mostra como um instrumentista e compositor de jazz, autêntico e sem títulos midiáticos. Como dizemos no Ceará, um disco de “amostrado”. A alma do disco pode não ser de Sonny Rollins, mas com certeza ele andou passando pelo Avatar Studio, na cidade de Nova Iorque. Ouça “Round Reubem”, feche os olhos e ache o sax de Rollins. É uma bolacha singular e plural. Singular no vanguardismo melódico de seus temas. Plural, literalmente, na ousadia de Redman, com seu sax tenor que vale por dois, acompanhando-se de duas baterias e dois contrabaixos. Isso mesmo, um quinteto, quase sexteto, formado por três instrumentos. O álbum foi construído com 13 temas, 9 deles de Redman. Um desses temas “Noredman” é criação coletiva, dois outros de seus músicos parceiros e uma belíssima homenagem ao alemão Ludwig Van Beethoven, a sonata “Moonlight”, que não abre o disco, mas conquista definitivamente o ouvinte. Uma prece. Na sonata beethoviana, os baixos de Larry Grenadier e Reubem Rogers anunciam a oração, como se implorassem por silêncio profundo, quase fúnebre, textura da amada imortal. Os pratos de Brain Blade e a caixa de Gregory Hutchinson preparam o altar, dão volume, anunciam a celebração. As notas do sax tenor de Redman invadem o ambiente. E nessa hora é inevitável. Tem que parar tudo e ouvir, simples assim. São sons-palavras, pronunciadas na língua universal, nos convidando nossa mais secreta oração. Só essa faixa já valeria o disco. Melhor, tem outras 12.
O tema que apresenta o álbum é “Uncharted”, uma criação coletiva, interpretada pelos próprios compositores. Os primeiros acordes do álbum são, naturalmente, de Redman. As notas de seu tenor anunciam o disco. Ali, já nos primeiros segundos, percebemos que estamos ouvindo algo novo, ou pelo menos diferente. Uma conversa de quatro instrumentistas (Brian Blade não abre o disco). O saxofone define o rumo da viagem que vamos fazer. Música, acima de tudo, com muito espaço para criação individual, luxuosas improvisações, respeito pelo músico do lado, pelo ouvinte. É assim durante todo o disco. Perfeito.
Como o meu equipamento de som não é um compacto made in china, consegui ouvir cada detalhe. E é no detalhe que o disco é grande. Cada faixa vem com a indicação de como os instrumentos estão separados por canal, o que facilita muito a identificação das cores de cada um desses geniais artesãos da música. Como são dois contrabaixos e duas baterias, para o ouvinte menos atento, essa informação é imprescindível, pois permite sentir as nuanças e diferenças entre os dois baixistas e dois bateristas.
Ficaria horas descrevendo os outros temas do álbum, quase todos de Redman. Melhor mesmo é terminar o texto e ouvir mais uma vez. Na minha modesta opinião, o melhor lançamento de 2009, até agora. Volto para o meu day-off. Quem sabe, lá descubro outra pérola negra para comentar aqui.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Amy Winehouse: Back to Black
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Família Roitman: O Samba nas Regras da Arte
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sexta-feira, 8 de maio de 2009
Pat Metheny & Charlie Haden: Beyond the Missouri Sky
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Sururu na Roda: Que Samba Bom
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Bill Frisell: Good Dog, Happy Man
domingo, 19 de abril de 2009
Dona Inah: Olha Quem Chega

segunda-feira, 13 de abril de 2009
Tira Poeira
domingo, 12 de abril de 2009
3 por Acaso: Música Instrumental Brasileira
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Jussara Silveira, Teresa Cristina, Rita Ribeiro: Três Meninas do Brasil (Ao Vivo)
Labels:
Jussara Silveira,
Rita Ribeiro,
Teresa Cristina
segunda-feira, 23 de março de 2009
Marcos Sacramento: Memorável Samba
domingo, 22 de março de 2009
Palavra (En)Cantada
Uma das piores coisas de se morar fora do Brasil (como é o meu caso) é não ter acesso a muitos discos, livros e filmes nacionais. Apesar da Internet que aproxima tudo e todos, o acesso a arte ainda é complicado. Agora mesmo, vi o trailer do filmes Palavra (En)Cantada e fiquei triste pois sei que quase certamente terei que esperar este ser lançado em DVD, o que no Brasil pode demorar mais de 1 ano. Mas confiram e digam depois se realmente o filme é tão bom quanto parece. Vejam o trailer abaixo.
domingo, 1 de março de 2009
Mônica Salmaso: Voadeira
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Cartola (1976)

O disco é perfeito e essencial. Canções belíssimas, que viraram clássicas - como "O Mundo é um Moinho" e "As Rosas não Falam" - assim como outras tão ou mais belas (se é que isto é possível), que estão entre as minhas favoritas mas que muitos não conhecem. Dentre estas, "Cordas de Aço", "Minha" , "Sala de Recepção" (dedicada à Escola de Samba Mangueira, regravada recentemente pelo Chico Buarque) e "Peito Vazio". Tem ainda musica de Candeia, em "Preciso me Encontrar" (aquele samba que a Marisa Monte gravou no seu primeiro disco), que aqui conta com um fagote genial, assim como o belo samba "Senhora Tentação", de Silas de Oliveira. Faz ainda parte desse momento memorável de Cartola, o samba "Ensaboa", também regravado alguns anos depois pela Marisa Monte. É um disco de pura inspiração, um momento mágico. É um disco completo, inteiro, que se escuta sem saltar nenhuma música.
A perfeição do disco, além da genialidade de Cartola, está na riqueza dos músicos que o acompanham. Estamos falando de Dino "7 Cordas", Canhoto, Abel Ferreira, Altamiro Carrilho e de um jovem Guinga, que acompanha Cartola em "O Mundo é um Moinho." A ficha técnica está disponível aqui.
A canção "Peito Vazio" está na minha lista das preferidas. Você pode ver o próprio Cartola cantando-a aqui.
Se você vai comprar só um disco de samba, não tenha dúvida. Este é o disco.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
O Rappa: Acústico MTV
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Teresa Cristina: Delicada

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Guinga: Noturno Copacabana
Como Ouvir esse Discos
Me perguntaram como ouvir esses discos. O melhor site para isso é o Um que Tenha. Mas existem vários outros sites na Internet onde vocês podem achar os discos.
Se fizerem a seguinte pesquisa no Google:
site:blogspot.com [nome_do_cd] [nome_do_artista].
muito provavelmente vocês acharão linques de páginas onde os CDs podem ser baixados.
[nome_do_cd] deve ser substituído pelo nome do CD que você está procurando e [nome_do_artista] pelo nome do artista do CD que voce está procurando.
site:blogspot.com [nome_do_cd] [nome_do_artista].
muito provavelmente vocês acharão linques de páginas onde os CDs podem ser baixados.
[nome_do_cd] deve ser substituído pelo nome do CD que você está procurando e [nome_do_artista] pelo nome do artista do CD que voce está procurando.
Por exemplo, para o disco do Guinga, voce pode fazer
site:blogspot.com Noturno Copacabana Guinga
Muito provavelmente o resultado desta pesquisa no Google mostrará sites onde você poderá baixar as músicas que quer. Eu não tenho associação nenhuma com este outros sites, mas tentarei, sempre que possível colocar o linque de algum que tenha os arquivos para serem baixados. A responsabilidade é toda sua. Tenha cuidado porque alguns sites podem ter vírus.
Outra coisa é que eu sugiro que comprem o disco pois assim vocês ajudam aos artistas do disco.
Ia esquecendo... cada site possui um método diferente de disponibilizar os discos. Vocês vão ter que se virar para descobrir como fazer. Eu so estou mostrando onde achar.
site:blogspot.com Noturno Copacabana Guinga
Muito provavelmente o resultado desta pesquisa no Google mostrará sites onde você poderá baixar as músicas que quer. Eu não tenho associação nenhuma com este outros sites, mas tentarei, sempre que possível colocar o linque de algum que tenha os arquivos para serem baixados. A responsabilidade é toda sua. Tenha cuidado porque alguns sites podem ter vírus.
Outra coisa é que eu sugiro que comprem o disco pois assim vocês ajudam aos artistas do disco.
Ia esquecendo... cada site possui um método diferente de disponibilizar os discos. Vocês vão ter que se virar para descobrir como fazer. Eu so estou mostrando onde achar.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Irio de Paula: Jazz e Samba
domingo, 18 de janeiro de 2009
Releitura da música de Francis Hime

Infelizmente o Francis Hime anda um pouco esquecido mesmo com todo o seu talento. Provavelmente as gravadoras preferem lançar discos do Chiclete com Banana. Mas nem tudo é lágrimas já que em 2008 essa gostosa releitura chamada Album Musical 2 foi lançada pela Biscoito Fino. O disco é mais como um "songbook". O Francis não canta nenhuma de suas músicas neste disco que são cantadas por convidados incluindo: Zeca Pagodinho com uma linda interpretação de Amor Barato, Ivete Sangalo cantando Quadrilha e minha preferida que é Luiz Melodia interpretando O Rei de Ramos, música que há tempo não ouvia. Outros artistas convidados são Ed Motta, Olivia Byington, Renato Braz, Teresa Cristina (excelente essa menina! tenho vários discos e vou comentá-los aqui dentro de alguns dias), Joyce e outros. O Site "Um Que Tenha" possui esse disco. Pode baixar usando este linque.
Logicamente existe o Album Musical 1 mas esse eu não tenho mas que deve ser muito bom também já que conta com participações como a de Milton Nascimento, Caetano, Djavan, Miúcha e outros.
Samba de Rainha
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Choro das 3
Se quiserem ouvir o disco cliquem aqui.
Início
Criei esse blog com o intuito de falar de algumas músicas/discos/DVDs de música que tenho ouvido recentemente. Logo farei meu primeiro "post".
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